Livro digital já não é novidade para o comércio editorial. Editoras que até pouco tempo dedicavam-se ao livro impresso em papel com exclusividade, hoje se abrem para edições online e oferecem serviços de qualidade na área do digital, com os mesmos cuidados que dedicaram e dedicam aos impressos. Para o leitor adulto que tem o hábito formado de leitura, parece que o digital, ao apresentar o diferencial de peso, no caso, o baixo custo, cumpre o desafio a que se propõe: crescimento na propagação da leitura e aumento de vendas.
O que não muda muito a questão do baixo índice de leitura no país. Aposta na iniciativa, compra ou acessa gratuitamente, lê o livro digital aquele que se habituou a ler o livro impresso com acesso garantido através de compra ou empréstimo em bibliotecas. Mas isto não invalida o processo que ainda é lento e indeterminado, muito pelo contrário, o ato de ler – no papel ou na Internet – sempre será prova de enriquecimento individual e social, mesmo que privilegie em maior grau os já privilegiados.
Graças ao baixo custo, e pelo acesso indiscriminado à Internet, ainda assim, pode-se comemorar a presença de um expressivo grupo de jovens e adultos interessados em se familiarizar com a leitura, justo pela facilidade de acesso oferecida.
Então o livro digital é considerado leitura a ser consumida pelo leitor jovem e adulto? E para o leitor em formação – a criança – o que vem sendo oferecido em termos de leitura no formato digital? A criança tem interesse voltado a sites de jogos e historinhas, aprecia vídeos com histórias musicadas, assiste programas infantis de toda ordem na TV, nasceu na era digital e sabe usar o indicador com maestria para fazer funcionar todo eletro-eletrônico que lhe cai às mãos. Por que não há de apreciar a leitura num espaço tão seu conhecido?
É que o âmago da questão não reside no formato do livro – tela do computador ou no papel – mas sim em ensinar ou oportunizar ambiente para que a criança aprenda a apreciar a leitura e forme o hábito pela vida afora. Nisto o adulto está falhando – família em grande parte, e escola, no percentual de responsabilidade que lhe compete.
O mercado editorial parece estar atento à questão vista por este ângulo e mais uma vez alcança a oportunidade de “mais leitura” ao público infantil, oferecendo literatura infantil de qualidade no espaço eletrônico.
É momento de pais mediadores e professores mediadores dividirem impressões e emoções no encontro com fadas, bruxas, animais que falam, amiguinhos de aventura, este mundo lúdico e imaginário em que as crianças crescem e aprendem com as histórias que moram nos livros.
O mundo dos livros se amplia com a presença do digital, para encantamento também das crianças.
Gosto de imaginar os olhinhos flamejantes, clicando para descobrir a fantasia e o encanto. Que o livro digital alcance aqueles cantinhos pobres, das escolas de lata, ou favelas, para enriqueceer a mente dos novos brasileirinhos que aà estão! thereza christina jacob, Porto Alegre04/10/2011 - 11:59
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