Assistir ao recital "Abram Alas para Chiquinha Gonzaga" foi como me reencontrar com a figura da mulher que há anos admiro. O espetáculo aconteceu em maio, no Instituto Ling, em Porto Alegre, e foi conduzido pela pianista gaúcha, Olinda Allessandrini. Em pouco mais de uma hora, Olinda não só tocou as principais composições de Chiquinha ("Atraente", "Gaúcho, o Corta Jaca" e "Abre Alas"), como vestiu-se a caráter e encenou momentos importantes da vida e obra da compositora, pianista e primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.
"Porque a história das ruas se confunde com a história de Chiquinha Gonzaga, pelo ineditismo com que ela usou esse espaço numa sociedade que demarcava rigidamente o espaço feminino: a casa para a mulher, o salão para a dama e a rua para o escravo e a 'mulher da vida'" (Diniz, 2009, p. 13)
Outra contribuição de Chiquinha Gonzaga diz respeito aos direitos autorais, tema bastante discutido hoje. Sentindo-se lograda pelos donos dos estabelecimentos onde tocava e inconformada ao ver suas músicas sendo reproduzidas sem seu consentimento, ajudou a fundar a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), apontada como a primeira iniciativa do paÃs nesse sentido. Chiquinha era a única mulher entre os fundadores.
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