As paredes da casa de Marisa Grahl fazem jus a dona que tem. Parecem um verdadeiro museu de arte. Por todos os lados são quadros, telas, painéis, fotos. Até seu netinho, Samuel, acusou o dom que parece estar no DNA da famÃlia: se encontrar uma canetinha à solta, ele sai rabiscando as paredes (tsc, tsc). Talvez por presenciar a avó desenhando, vira e mexe. Mas tudo bem. Artista visual formada pela UFRGS, hoje ela divide seu tempo entre a famÃlia, à profissão e o hobby. Aos 52 anos, trabalha com fotografia, fazendo books e cobrindo eventos. Nesta entrevista feita por e-mail à UniRitter ela fala sobre o inÃcio de sua carreira e das adversidades do dia a dia – tanto artÃstico quanto profissional. “Dá para responder a entrevista desenhando? Sabe que artista adora desenhar, né?”, me alerta ela, entre risadas. A entrevista, não em desenho e sim datilografada, você acompanha a seguir:
O que você faz?
Eu me formei em bacharelado e licenciatura em Artes Visuais pela UFRGS no perÃodo de 2000 a 2009. Fiz ênfase em Pintura, mas também trabalhei bastante o Desenho e a Fotografia, no que trabalho atualmente como artista e profissional.
Como foi o inÃcio de sua carreira?Â
Desde bem pequena já amava as tintas, desenhos e lápis. No decorrer dos anos fui para o desenho arquitetônico na escola e trabalhei nisso, e foi um pulo para o desenho mecânico também. Fiz alguns cursinhos como o de Aquarela e desenho livre. Depois que casei e os filhos cresceram, entrei na vida acadêmica das Artes. Foram anos difÃceis e doces! Muita pesquisa e experimentação. Logo surgiram algumas oportunidades de expor o meu trabalho com colegas. Passei a integrar um Atelier de Arte formado por um pequeno grupo que se mantém até hoje.
Houve dificuldades iniciais? Como conseguiu viabilizar seu trabalho?
Dificuldades existem sempre, mas a persistência no que faço é o que viabiliza o meu trabalho. Nunca desistir, questionar sempre, aprender a receber "nãoÂ’s" e não se emocionar demais com os "simÂ’s". Atualmente estou num projeto onde meu objeto de pesquisa são portas. Ele começou em 2008 e se estende até agora.Â
Como é a sua equipe de trabalho?
Muito importante para o artista é integrar um grupo. O alcance é bem maior e as coisas fluem com mais facilidade do que batalhar sozinho. Gosto de criar, editar fotos ou pintar bem sozinha. Mas faço parte de um Atelier e de uma Fundação de Arte, composta por vários artistas.
Você se dedica integralmente a esse seu trabalho?
Hoje dedico metade do meu tempo à minha produção artÃstica e outra metade para minha profissão, que estão de mãos dadas por serem relacionados à Fotografia.
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