Lugar privilegiado do caderno cultural, colunas amplas e com direito a imagens,
bela vista do roteiro de eventos e exposições. Os interessados em
ocupar esse “espaço” são muitos. Cada vez mais, a concorrência
se intensifica em todos os campos de atuação. Na área das
artes não seria diferente. Então, vem a pergunta mais importante:
há espaço para todos? Como eu consigo uma divulgação
para o meu projeto?
Luciana participou do 9º Papo de Artista, sobre
a relação dos artistas com a mÃdia
A assessoria de imprensa, assim como outras especializações da
Comunicação, não é uma ciência exata. Não
existe uma fórmula que garanta a publicação em jornais
e revistas impressas. Elementos como um release completo (contendo todos os
dados sobre o evento ou projeto) e imagens de qualidade (sejam fotos ou vídeos)
ajudam muito. No entanto, a assessoria de imprensa profissional ultrapassa o
simples redigir de um texto ou escolha das fotografias mais significantes. O
assessor age como um verdadeiro representante comercial, que se mune das informações
e vai até a redação e até o jornalista “vender”
a pauta. O julgamento sobre a utilização ou não do material
sempre será do profissional do veículo. E algo deve ser lembrado:
a aceitação e o sucesso do projeto sempre virão por parte
do público.
Será que você precisa de um assessor de imprensa? Talvez não
precise. Sou muito objetiva em apontar, quando consultada, a necessidade ou
não da contratação do assessor. Porém, não
restam dúvidas de que esse serviço atalha alguns caminhos na direção
do objetivo. O assessor de imprensa é útil ao artista porque possui
referências nas redações. Ele prepara o material para melhor
aproveitamento dos jornalistas e também aconselha sobre diferentes abordagens
de divulgação de um evento, atividade ou projeto.
Atualmente, a Internet permite um universo ainda mais amplo para a divulgação,
com a utilização de mídias alternativas à grande
imprensa para fazer a notícia chegar diretamente ao público consumidor
de cultura. E-mail, sites e blogs podem ser as primeiras referências na
web. E as redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter permitem ir ainda mais
longe.
Por esse motivo é tão essencial privilegiar o profissionalismo,
ou seja, o jornalista com comprovada experiência na área. Você
pode cortar o valor de assessoria de imprensa do seu projeto (o orçamento
deve valorizar o objeto fim: livro, exposição, evento, entre outros)
e é claro que a assessoria não significa, diretamente, que o evento
terá lotação esgotada ou todos os livros vendidos. No entanto,
o aproveitamento institucional para o projeto ou o artista é incontestável
quando se consegue, por exemplo, uma matéria numa publicação
de grande circulação. Um referencial concreto se forma ao redor
do artista, permitindo a divulgação de todo o trabalho que possua
qualidade e inovação, bem como abre as portas para outras iniciativas
sequentes do mesmo autor.
A discussão pode ser infinita. Mas o trabalho deve ser constante e os
resultados não aparecem de uma hora para a outra. Um bom assessor de
imprensa atua como verdadeiro parceiro dos projetos culturais. Por isso é
importante ressaltar: não tenha medo de avaliar a possibilidade de um
jornalista participar e planejar ações de comunicação
para sua obra ou projeto.
Luciana Thomé
Jornalista, assessora de imprensa da área cultural e agente literária.
Ex-assessora de imprensa da Casa de Cultura Mario Quintana. Entre os clientes
atendidos está a Não Editora (www.naoeditora.com.br).
luthome@estudiodeconteudo.com.br
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