Vou adiante e afirmo: quando escrevemos uma mensagem (ou um artigo, uma crônica, um mero bilhete) há sempre perigo. Vários perigos. Podemos ser pouco claros, dúbios, desastrados ao formular as frases. Podemos cometer injustiças por desconhecimento, fazer injúrias por ignorância, incorrer em perjúrio por descuido. Podemos ser ofensivos e, ao ofender, colocarmo-nos em uma posição indefensável. Podemos revelar segredos para os quais juramos fidelidade. Podemos magoar quem amamos e, desastre completo, colocar a reciprocidade a perder. O perigo ronda as palavras.
A equação entre perigo e risco só se resolve ao reconhecer a existência de um e ter controle sobre o outro. Palavra morde. É de sua natureza. Mas, como viver sem elas?
Publicitário, escritor e músico. Orientador da oficina literária Santa Sede, crônicas de botequim - projeto iniciado em 2010 com, em 2018, 14 publicações e dois prêmios (Açorianos de Literatura como Destaque Literário e Livro do Ano AGES com A persistência do amor, Ed. Buqui). Entre outros veÃculos, foi colunista do Metro Jornal entre 2012 e 2018. Compõe o Conselho Editorial do IEL e o corpo docente da Metamorfose, StudioClio e Casamundi Cultura. Entre os livros publicados estão O Y da questão (Literalis), Inter Pares (Literalis), Enquanto Tempo (BesouroBox) e Greve de Sexo (Buqui).
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