Silêncio, vai iniciar a partida de tênis; silêncio, vai iniciar a apresentação do filme; silêncio, vai iniciar a apresentação do teatro; silêncio, vai iniciar o concerto da orquestra!
Em todos esses momentos, por educação e respeito, devemos nos manter em silêncio e por conseqüência desligar nossos “celulares”. Todos nós sabemos disso, não é verdade? Mas nem sempre “o óbvio” acontece.
Foi o que sucedeu no 12º Concerto Oficial da temporada de 2008 da “nossa” OSPA, no Salão de Atos da UFRGS. No meio da apresentação das obras de Alberto Nepomuceno, “Valsas HumorÃsticas”, que tinha como solista o exÃmio pianista nascido em Rio Grande Guilherme Goldberg e como Regente Manfredo Schmiedt, houve um incidente: a orquestra teve que parar sua apresentação pois um espectador simplesmente “esqueceu” de desligar seu celular e o mesmo passou a tocar sua “música”, que não era de Nepomuceno... Imediatamente o Regente se virou para a platéia e solicitou a interrupção daquele sonido.
Sentimos que os intérpretes tinham perdido sua concentração, mas foi reiniciado o concerto e, pasmem, novamente a mesma música estranha iniciou seu “concerto”. Mais uma vez a orquestra teve que interromper a sua apresentação.
O proprietário daquele “moderno” equipamento simplesmente balbuciou, em meio ao silêncio, que não sabia desligar o aludido celular. Um espectador o ajudou a desligar, e ele saiu da platéia. Não restava outra alternativa!
O Concerto continuou, mas notávamos que os músicos não estavam tão a vontade. Não era para menos, haviam perdido a concentração.
Espero que este exemplo sirva de lição para que não façamos mais isto, principalmente em respeito a uma orquestra, em respeito à da educação artÃstica, em respeito à cultura.
Sobre o concerto podemos dizer que apesar destes percalços ocorridos transcorreu com muita sobriedade e com muita competência, graças ao Regente, ao solista e aos músicos.
Profissionais da OSPA, nos desculpem. Somos espectadores, mas não igual “aquele”. Guilherme Goldberg, Manfredo Schmiedt e todos os demais integrantes da “nossa” OSPA, dignos representantes da cultura gaúcha, continuem a nos proporcionar alegria e cultura. Ainda que, infelizmente, muitas vezes a progresso incomode a cultura.
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