Caio Fernando Abreu
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Caio Fernando Loureiro de Abreu (Santiago, 12 de setembro de 1948 Porto Alegre, 25 de fevereiro de 1996) foi um jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro.Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio Fernando Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, de medo, de morte e, principalmente, de angustiante solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea".
Caio Fernando Abreu estudou Letras e Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foi colega de João Gilberto Noll. No entanto, ele abandonou ambos os cursos para trabalhar como jornalista de revistas de entretenimento, tais como Nova, Manchete, Veja e Pop, além de colaborar com os jornais Correio do Povo, Zero Hora, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.
Em 1968, perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), Caio refugiou-se no sítio de uma amiga, a escritora Hilda Hilst, em Campinas, São Paulo. No início da década de 1970, ele se exilou por um ano na Europa, morando, respectivamente, na Espanha, na Suécia, nos Países Baixos, na Inglaterra e na França.
Em 1974, Caio Fernando Abreu retornou a Porto Alegre. Chegou a ser visto na Rua da Praia usando brincos nas duas orelhas e uma bata de veludo, com o cabelo pintado de vermelho [carece de fontes]. Em 1983, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1985, para São Paulo. A convite da Casa dos Escritores Estrangeiros, ele voltou à França em 1994, regressando ao Brasil no mesmo ano, ao descobrir-se portador do vírus HIV. Abreu era declaradamente homossexual em plena época da Ditadura Militar no Brasil.
Em 1995, Caio Fernando Abreu se tornou patrono da 41.° Feira do Livro de Porto Alegre.
Um ano depois, Caio Fernando Abreu voltou a viver novamente com seus pais, tempo durante o qual se dedicaria à jardinagem, cuidando de roseiras. Faleceu em 25 de fevereiro de 1996, Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre, no mesmo dia em que Mário de Andrade. Seus restos mortais jazem no Cemitério São Miguel e Almas.
Seu primeiro romance, Limite branco (1970), já possui as marcas que iriam acompanhar sua trajetória literária: a angústia diante do devir e a morte como certeza no final da jornada.Segundo sua perspectiva literária, a vida deve ser buscada continuamente.
Caio Fernando de Abreu viveu intensamente a época da ditadura, em suas obras literárias, o autor buscava inspiração em momentos importantes de sua vida, fazia uma releitura rápida, porém despercebida de seu modo de pensar, a maioria de suas criações e personagens retratavam um modo cinzento e triste de viver, na busca inquietante pela felicidade.
Obras:
Contos
Inventário do Irremediável
O Ovo Apunhalado
Pedras de Calcutá
Morangos Mofados
Os Dragões não conhecem o Paraíso
Ovelhas Negras
Mel & Girassóis
Estranhos Estrangeiros
Molto lontano da Marienbad, Ediz. Zanzibar, Milano 1995
I Draghi non conoscono il Paradiso, Ediz. Quarup, Pescara 2008
Triangolo delle acque, Ediz. Quarup, Pescara 2013
Pra sempre teu, Caio F.
Novelas
Triângulo das Águas
As Frangas, novela infanto-juvenil
Bien loin de Marienbad
Teatro
A Maldição do Vale Negro
O Homem e a Mancha
Zona Contaminada
Teatro Completo, 1997
Romances
Limite Branco, 1970
Onde Andará Dulce Veiga?
Dov`è finita Dulce Veiga, Ediz. La nuova Frontiera, Roma 2011
Tradução
A Arte da Guerra, de Sun Tzu, 1995 (com Miriam Paglia).
A Balada do Café Triste, de Carson McCullers, 1991.
Outros
Cartas, (Correspondência)
Pequenas Epifanias (Crônicas)
Prêmios
Prêmio Jabuti de Literatura, 1996, categoria Contos / Crônicas / Novelas - livro "Ovelhas Negras"
Prêmio Jabuti de Literatura, 1989, categoria Contos / Crônicas / Novelas - livro "Os Dragões não Conhecem o Paraíso"
Prêmio Jabuti de Literatura, 1984, categoria Contos / Crônicas / Novelas - livro "O Triângulo das Águas"
Revista IstoÉ, 1982, Melhor Livro - "Morangos Mofados"
Fonte: Wikipédia
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