Há alguns anos Porto Alegre lançou o projeto “Estante Pública”, que incentivava a troca de livros em paradas de ônibus. Dentre os motivos da descontinuidade estão desde a baixa adesão de doadores, até a coleta daqueles livros para comercializá-los como papel.
Tal projeto alinhava-se ao “bookcrossing”, surgido nos EUA em 2001, consistindo na prática de deixar um livro em local público para ser encontrado e lido por outros leitores, que replicariam a ação. Através desse compartilhamento, o acesso à leitura seria ampliado e — quem sabe? — universalizado.
No Brasil, desde 2013 várias ações tem sido feitas em São Paulo, quase sempre por iniciativas pessoais. Recentemente, a criação da página do Facebook (@EsquecaUmLivroOficial) tem motivado adesões e eventos de “esquecimento” em maior escala, que se estendem pelo país afora. O tamanho da ação varia desde uma grande e visível intervenção urbana, envolvendo variados agentes e muitos livros, até uma singela iniciativa pessoal de “esquecer” apenas um livro em local público.
Em tempos que pedem compartilhamentos (moradia, trabalho, carros, e o que vem por aí), quem sabe nos desapegamos dos livros esquecidos em nossas estantes, e compartilhamos mais do que eles próprios, mas a oportunidade de leitura e desenvolvimento pessoal.
Afinal, não há como discordar de Mario Quintana quando disse que “Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.”
Participei de algo semelhante ao "Estante Pública", aqui em Miguel Pereira/RJ. O livro que deixei foi o mais importante pra mim: "A Pedra do Reino", de Suassuna. Foi-se rapidamente. Procurei um livro que pudesse ler, em vão... Hoje fui à procura da "estante dos sonhos". Já não havia. Restaram os desejos. Renato C. Pereira, Rio de Janeiro/RJ10/08/2017 - 20:22
O Tribunal de Justiça do DF fez uma bela campanha e criou o projeto "Estante Livre", com a triagem das doações sobre o conteúdo dos livros doados. Neli Trindade, PORTO ALEGRE07/07/2017 - 22:01
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