Começo pelas exposições que já estavam em cartaz:
Rochele Zandavalli no 5º andar do Gasômetro, nos traz uma fotografia de grandes dimensões que brinca com a sobreposição de imagens sugerindo uma tridimensionalidade surreal.
A mostra Tra.s.ver que está na Galeria dos Arcos no térreo do Gasômetro é uma coletiva de fotografia que também tem muito tempero surrealista. O detalhe desta exposição é que todos os artistas já tinham experiências anteriores e se reuniram num curso onde debateram a produção uns dos outros, fazendo com que os trabalhos mostrados seja fruto de uma triagem coletiva e a exposição em si resulta em grande qualidade técnica e poética.
Aproveitando que estou falando no Gasômetro, abriram duas novas exposições, uma de desenho no 4º andar, que ainda não vi, mas na própria divulgação já dava pra sentir um grande potencial de ser bacana, com uma composição entre desenho e espaço equilibrada e limpa. Fiquei curiosa...vou lá e comento depois...
Também na Galeria Iberê Camargo, no térreo do Gasômetro depois dos Arcos, Ingrid Noal faz uma panorâmica de seu trabalho através de uma mega instalação, onde um trabalho é referente no outro, coerente com a idéia de discutir as relações da memória. Escultura, fotografia, desenhos, plotagem...mídias variadas que se unificam na proposta. Vale conferir.
Quem estiver saindo do Gasômetro, aproveita e passa no Museu do Trabalho, logo em frente, para dar uma olhadinha na exposição de Lilian Maus, que deriva do desenho para a aquarela, passa pela fotografia, cria volume e se completa pela instalação que assume todo o espaço. Um belo trabalho híbrido de diversas tecnicas, bembacana de ser visto ao vivo.
Saindo do Museu do Trabalho, você continua o passeio na direção do centro pela Andradas dá uma dobradinha na rua General Canabarro, na direção bairro e você estará em frente ao IAB - se for no sábado estará aberto, mas aos domingos talvez não,
e chegará na Casa de Cultura Mário Quintana que tem a coletiva Arte+ Arte promovida pela Associação Chico Lisboa no 6º andar e uma outra interessante exposição fotográfica no sétimo andar
VESTÍGIOS URBANOS - AMANDA TEIXEIRA, ANANDA KUHN E MAÍLSON FANTINEL
Fora do centro, tenho 4 dicas que você pode usar para complementar sua trajetória de exposições.
Dica 1 IMPERDÍVEL! Conhecer as novas instalações/exposição da Galeria Fita Tape, que está trazendo uma coletiva com muita qualidade de trabalhos. As produções se alinham a diferentes universos estéticos, como arte e gravura modernas, desenho e pintura contemporâneos, a street art, o skate e a fotografia urbana.Os artistas convidados são os porto-alegrenses Guilherme Pilla, Carla Barth, Ananda Kuhn, Gerson Reichert, Paula Plim, Rodrigo Pecci e Luciano Scherer. Além deles, fazem parte Tristan Rault (Buenos Aires), Flavio Samelo (São Paulo) e Jay Hudson (Seattle/São Paulo).
O endereço é José Bonifácio, 485 (de terça a sexta-feira, das 13h às 18h, e sábados e domingos, das 10h às 17h)
Dica 2 - Subterrânea - Exposição Pequenos Formatos 2010 – Adauany Zimovski, Arthur Chaves, Cadu, Cildo Meireles, Edith Derdyk, Fábio Zimbres, Flávio Gonçalves, Gabriel Netto, Guilherme Dable, James Zortéa, Lia Menna Barreto, Lilian Maus, Marcelo Amorim, Rodrigo Lourenço e Túlio Pinto. A exposição já está em cartaz e terminará com o lançamento do catálogo no próximo dia 04 de setembro, sábado. Pra visitar a exposição ou ir lá no evento do dia 04 se ligue nos horários: Av. Independência, 745/Subsolo Visitação de segunda a sábado, das 14h às 18h
Dica 3 - Amélia Brandelli no Instituto Goethe, da 24 de outubro. A exposição é surpreendente em sua forma de pensar pintura se apropriando de meios contemporâneos e "internéticos". Camadas de acrílico se misturam com fotografias ampliadas de imagens do skype ou navegação na internet. A composição é limpa, com poucos elementos, que se comunicam de forma complexa gerando diferentes interpretações. Muito legal pra quem dedicar mais que uma primeira vista aos trabalhos.
Dica 4 - Notações Pictóricas co Fernanda Gassen e Mariana Silva da Silva no Ecarta. Realmente uma exposição surpreendente. A princípio, nada mais que fotografias de cotidiano, mas para bom observador existem requintes de composição, tanto do próprio tema/cena quanto da luz que transformam a foto em verdadeira pintura clássica holandesa. Trabalhos muito interessantes que cativam pelos detalhes de cor e tempo suspenso. Me apaixonei por essa exposição... ali no Ecarta, na João Pessoa, em frente à Redenção.
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