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Quando errar faz bem ao paladar
Cláudia de Villar

Nem todos gostam de errar. Aliás, poucas são as pessoas que não ficam chateadas quando o erro acontece. Principalmente no momento da escrita de um livro. Quando o livro é produzido ele é feito para dar certo. Correto? Sim. E quando dá errado? Viva! Como assim? Calma, calma... Não queremos sair por aí produzindo obras que causem pânico e repulsa. Queremos impactar. Por isto o erro na hora certa poderá produzir o primeiro impacto. Este impacto fará nascer a boa leitura.

Antes de sair por aí dizendo “Está pronto! Está pronto!”, o escritor deve se permitir errar. O primeiro indivíduo a constatar os erros deve ser ele. Após escrever é primordial que se coloque no lugar do leitor e procure os furos. Devemos nos perguntar: Eu compraria este livro? Está bem “amarrada” esta narrativa? Será que ela vai me cansar? Aborrecer? Procurar os erros é o primeiro passo para que a obra tenha sucesso!

Após este primeiro momento de contato como leitor, é necessário que outros leem a produção. Não com um olhar de análise crítica. Aquele olhar frio como quem diz: “Ahã... Você está nas minhas mãos e eu sei que você errou!”, mas com o olhar de que quer que dê certo e a primeira coisa para o livro dar certo é dar errado.

Errar nas mãos certas é excelente! Dá tempo para uma segunda análise. Para repensar um parágrafo. Para se colocar, novamente, no lugar do leitor. É como cozinhar aquele prato novo somente para a família cobaia. Sabe? Depois de acrescentar sal, tirar pimentão, colocar mais cebola e alho e pôr para cozinhar podemos ver como ficou. Provar de antemão. Receber um grandioso ARG e, escutar a opinião de cada cobaia. Depois, solitariamente, provar a comida, ou o livro, sentir o gosto na boca, na língua, para depois repetir o preparo do mesmo prato, mas desta vez, para as visitas.

Assim é escrever, é preparar um delicioso prato para as visitas. Portanto, ao escrever, devemos ter atenção para os erros para encontrá-los antes de servir com pompa no jantar de gala! 


30/08/2016

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Comentários:

Muito bom Cláudia. Vejo muitos livros que não tiveram esses cuidados. Eu até anoto nos livros,só de chato (e para treinar). Noutro dia, mandei para um escritor seus erros num livro, e ele ficou surpreso. (que abusado, hein? rs) Acho que falta, mesmo, essa noção, até para escritores com mais experiência. Talvez sintam que não podem errar, que precisam ser infalíveis ou que seja humilhação submeter-se a outros. Eu aprendi no trabalho a submeter meus textos ao maior número de pessoas viável. Abraço.
Jairo Back, PoA 31/08/2016 - 09:39

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  Cláudia de Villar

Cláudia Oliveira de Villar é natural de Porto Alegre/RS e atua desde 2000 como professora de séries iniciais do ensino fundamental em escola pública estadual. Possui doze livros publicados, sendo dez para o público infanto-juvenil e dois para adultos: Eu também... (Alcance, 2005, infantil), Bola, sacola e escola (Manas, 2009, infantil), Zé Trelelé no Gre-Nal (Manas, 2010, infantil), Uma foca na Copa (Manas, 2010, infantil), Meu Primeiro Amor (Manas, 2011, infantil), Aprendendo a viver e ensinando a sonhar (Manas, 2012, adulto), Rambo, um peixe no fandango (Manas, 2013, infantojuvenil), Mano e a boneca de pano (Manas, 2013, infanto-juvenil, O Mistério do Vento Negro, volumes I e II(Imprensa Livre, 2014-2015, juvenil), Um Continho de Natal(Metamorfose, 2016) e o lançamento de 2018: Histórias para ler no Intervalo ( Metamorfose, 2018). Participou de três antologias, Brasil Poeta (Alcance, 2005), Casa do Poeta Rio-Grandense (Alcance, 2005) e Mercopoema (Alcance, 2005) e uma coletânea de contos, Metamorfoses (Metamorfose, 2016). Além do curso de Magistério, Cláudia é graduada em Letras, especialista em Pedagogia Gestora e Supervisão Escolar. Atua no meio educacional também como mediadora de leitura e, como jornalista colaboradora, a escritora é colunista do Jornal de Viamão/RS, bem como escreve para o portal Artistas Gaúchos, Homo Literatus e Almanaque Literário.

claudiadevillar@yahoo.com.br
www.claudiadevillar.com.br
www.facebook.com/claudia.devillar


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