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Literatura

Leitura obrigatória, sim. E por que não?
Cláudia de Villar

A leitura obrigatória nas salas de aulas, hoje muitas vezes tão desprezada e ignorada, nada tem a ver com punição ou prática abusiva do docente, pelo contrário, a leitura obrigatória deveria ser um dever de aplicação de todas as escolas. Considero a leitura uma oportunidade de aprendizagem, porém, embora seja a favor da leitura livre, ou seja, de livre escolha de livros feita pelos alunos, uma leitura que vai ao encontro absoluto do prazer imediato, também sou a favor da leitura obrigatória, da leitura de clássicos, de livros que tenham um fim pedagógico e agregador de valores e conhecimento de mundo e este fim só pode ser obtido através da leitura obrigatória.

Saliento aqui que entendo por leitura obrigatória aqueles livros indicados pelos professores após prévia leitura e análise feita pelos docentes e que vão ao encontro de uma meta, uma intenção real deaquisição de saberes e é exatamente aí que a leitura obrigatória se encaixa, com o propósito de sanar dúvidas ou propor um debate sobre um assunto importante. 

Após a escolha de um tema, o professor deve ler e analisar diversos livros para poder indicar vários títulos que estejam aptos para responder os questionamentos que surgirem. Por isto, a leitura deve ser "obrigatória" ou indicativa em alguns momentos na sala de aula, pois somente o educador com a sua leitura e análise antecipada trará as melhores obras a serem indicadas para os seus alunos.

Quero também chamar a atenção aqui sobre a importância da leitura de clássicos. Porém, esta prática pedagógica está se perdendo na "poeira" do dia-a-dia, do imediatismo, da facilidade em "deixa ler o que quiser", do ilusionismo que alguns "livros-brinquedos" oferecem, pois é mais fácil para o professor, não exige uma leitura prévia e nem cobrança posterior, mas que condena o aluno a ler sempre os mesmos livros rápidos, fáceis e, muitas vezes, banais.

A leitura de vários tipos de gêneros literários possibilita ao educando uma melhor compreensão de mundo e um acréscimo literário de extrema importância em sua bagagem cultural. Além disso, a adoção de um título por uma turma permite o debate, a troca de opiniões e o exercício prático da cidadania, o que não é possível com a "leitura livre", uma vez que, com esta prática, cada um dos alunos escolhe títulos diferentes, impossibilitando o debate sobre um tema único.

Por fim, quero salientar a importância da leitura em todas as esferas e seus gêneros e aplaudir as escolas e professores que ainda adotam esta prática pedagógica, pois se tornam seres propagadores do conhecimento e formadores de cidadãos críticos, fazendo jus ao título de professor, educador, preparador de pessoas para um futuro livre de opressões.

Última dica: a leitura é qualificadora de vida, portanto, seja um educador qualificador do futuro.


05/11/2013

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Comentários:

QUERIDA PROF CLAUDIA CONCORDO PLENAMENTE COM O ARTIGO, POIS AQUI EM NOSSA ESCOLA, POSSUÍMOS UM FEIRA LITERÁRIA QUE É TRABALHADA DURANTE TODO O ANO, ONDE ACONTECEM AS LEITURAS "OBRIGATÓRIAS" TANTO PARA OS PROFESSORES QUANTO PARA OS ALUNOS. SÃO AUTORES PREVIAMENTE ESCOLHIDOS, OS QUAIS VAMOS TRABALHAR O ANO INTEIRO. UM ABRAÇO LITERÁRIO E CARINHOSO.] FÁTIMA ARMESTO COORDENADORA DA V FEIRA LITERÁRIA " ARMANDO LETRAS - COMPONDO VIDAS"
FÁTIMA ARMESTO, SAO LOURENO DO SUL - RS 13/11/2013 - 16:41

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  Cláudia de Villar

Cláudia Oliveira de Villar é natural de Porto Alegre/RS e atua desde 2000 como professora de séries iniciais do ensino fundamental em escola pública estadual. Possui doze livros publicados, sendo dez para o público infanto-juvenil e dois para adultos: Eu também... (Alcance, 2005, infantil), Bola, sacola e escola (Manas, 2009, infantil), Zé Trelelé no Gre-Nal (Manas, 2010, infantil), Uma foca na Copa (Manas, 2010, infantil), Meu Primeiro Amor (Manas, 2011, infantil), Aprendendo a viver e ensinando a sonhar (Manas, 2012, adulto), Rambo, um peixe no fandango (Manas, 2013, infantojuvenil), Mano e a boneca de pano (Manas, 2013, infanto-juvenil, O Mistério do Vento Negro, volumes I e II(Imprensa Livre, 2014-2015, juvenil), Um Continho de Natal(Metamorfose, 2016) e o lançamento de 2018: Histórias para ler no Intervalo ( Metamorfose, 2018). Participou de três antologias, Brasil Poeta (Alcance, 2005), Casa do Poeta Rio-Grandense (Alcance, 2005) e Mercopoema (Alcance, 2005) e uma coletânea de contos, Metamorfoses (Metamorfose, 2016). Além do curso de Magistério, Cláudia é graduada em Letras, especialista em Pedagogia Gestora e Supervisão Escolar. Atua no meio educacional também como mediadora de leitura e, como jornalista colaboradora, a escritora é colunista do Jornal de Viamão/RS, bem como escreve para o portal Artistas Gaúchos, Homo Literatus e Almanaque Literário.

claudiadevillar@yahoo.com.br
www.claudiadevillar.com.br
www.facebook.com/claudia.devillar


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